Exame indicado para detectar alterações no início do intestino delgado, estômago e esôfago, a endoscopia auxilia no diagnóstico médico. Para realizá-lo é necessário inserir um endoscópio, um tubo sensível e fino que possui em uma das extremidades um chip utilizado para capturar as imagens no interior do intestino.
Um sedativo intravenoso é aplicado antes da inserção do tubo, mas também há a opção de uma anestesia diretamente na garganta com a xilocaína. Tal procedimento ajuda a impedir que os reflexos do nosso corpo façam o paciente tossir ou engasgar. Em seguida, os pacientes não sentem nenhum tipo de dor e nem se quer se recordam do que ocorreu durante o processo.
A endoscopia é um exame capaz de descobrir facilmente as doenças do sistema digestivo. Um exemplo: órgãos como o duodeno, o estômago e o esôfago devem apresentar, quando saudáveis, uma coloração rosa suave e de tom uniforme por todo o tecido. Através da endoscopia é possível identificar qualquer mudança nesse padrão e descobrir se há algo errado. Conheça 7 doenças que podem ser identificadas através desse exame:
1. esofagite;
2. refluxo gastroesofágico;
3. doença celíaca;
4. gastrite;
5. tumores;
6. úlceras gástricas ou duodenais;
7. câncer de duodeno, estômago ou esôfago.
Outra informação relevante é que a endoscopia também consegue diagnosticar se há presença ou ausência de uma bactéria chamada Helicobacter pylori, que causa úlceras e gastrite crônica.
A ecoendoscopia combina endoscopia e ecografia de alta resolução
Por sua vez, a ecoendoscopia digestiva, ou ultrassonografia endoscópica, é um exame que combina endoscopia e ecografia de alta resolução. Trata-se de um endoscópio fino e flexível, especialmente equipado com uma sonda (transdutor) de ecografia em miniatura acoplada à extremidade do aparelho, que permite a realização de ecografia no interior do tubo digestivo.
Há duas formas possíveis de introdução do ecoendoscópio: através da boca (ecoendoscopia alta, para avaliação do esôfago, estômago e duodeno) ou do ânus (ecoendoscopia baixa, para avaliação do cólon e reto). O transdutor ecográfico permite obter imagens detalhadas das diversas camadas da parede do tubo digestivo em toda a sua espessura, bem como avaliar em profundidade outras estruturas vizinhas do aparelho digestivo, o que inclui gânglios linfáticos, vasos sanguíneos, mediastino, pulmões, fígado, vesícula biliar, vias biliares e pâncreas.
Geralmente, a ecoendoscopia é solicitada na sequência de exames endoscópicos e/ou de imagem, com o objetivo de esclarecer descobertas desses exames ou complementar a investigação. As indicações mais frequentes para sua realização são:
• O estadiamento de tumores do aparelho digestivo;
• A avaliação de lesões subepiteliais da parede do tubo digestivo;
• Avaliação de doenças biliares e pancreáticas.
Entre as atribuições da ecoendoscopia está a de determinar a extensão da disseminação de certos tumores do trato digestivo ou respiratório, uma vez que avalia, com precisão, a profundidade da invasão do tumor na parede e se já existe proliferação para os gânglios linfáticos adjacentes ou estruturas vitais vizinhas, a exemplo de vasos sanguíneos importantes.
A ecoendoscopia também permite esclarecer se um determinado abaulamento da parede do tubo digestivo corresponde a uma compressão provocada por órgão vizinho, ou a uma lesão da própria parede recoberta por mucosa de aspecto normal.
Nesse caso, a ecoendoscopia viabiliza o discernimento dessa lesão, avalia com precisão o seu tamanho, camada de origem na parede e diversas características morfológicas. Dessa forma, pode sugerir o diagnóstico mais provável. Biópsias sob controle ecográfico (ecoendoscopia com punção por agulha), que complementam as análises, também podem ser obtidas em alguns pacientes.